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quinta-feira, 13 de março de 2014

LIGAÇÕES QUÍMICAS PARTE 2

Ligação Covalente,


Como havia dito anteriormente, os elementos buscam estabilidade ligando-se a outros elementos. Disse também que eles são muito criativos quando procuram estabilidade. Agora iremos estudar outra de suas formas de buscar estabilidade!

A ligação covalente ocorre entre átomos que possuem pouca diferença de eletronegatividade. Podemos achar metais como o Belírio, Aluminio, Boro etc, realizando esse tipo de ligação, além do órfão Hidrogênio.  Trata-se de compartilhamento de elétrons, outro exemplo de que os átomos têm ótimo senso de cidadania. Ou seja, os átomos que realizam compartilhamento estão fazendo “caridade um para o outro”, pois ambos possuem mesmo objetivo.

Podemos definir ainda, ligação covalente, como: “a ligação covalente normal se estabelece pela interpenetração de orbitais, contendo elétrons de spins contrários” (Química, Elie Politi, p.137)

 Tipos de ligação covalente:
Como dito na citação acima, a ligação covalente trata-se de uma interpenetração de orbitais. A forma como houve essa interação acarretará numa ligação tipo sigma ou pi.

A ligação sigma ocorre num mesmo eixo. Por exemplo, o sub-nível p possui três eixos, cada um suporta dois elétrons, x, y, z.  Na molécula cloro, sendo o cloro que possui elétrons de valência no sub-nível p, a interpenetração entres os dois átomos será sob o mesmo eixo.  Vemos esse tipo de ligação tanto na ligação simples, na dupla e na tripla; identifica saturação, se isolada.
Cl2:

A ligação pi é ligação entre eixos paralelos:
O2:



A ligação pi aparece nas ligações duplas e triplas.


Outra forma de compartilhar elétrons é com a ligação dativa, também uma ligação covalente. Nesse tipo de ligação, um elemento já estável pode “emprestar” seus elétrons para um elemento instável. Entretanto, essa ligação é estritamente em pares!

Por exemplo, o enxofre possui seis elétrons de valência, entretanto ele só precisa de mais dois elétrons para atingir o octeto. Digamos que esse enxofre se ligou a dois elementos e completou oito elétrons; ele agora esta estável, mas lhe resta dois orbitais completos que podem ser “emprestados” para outros elementos. Isso ocorre no ácido sulfúrico, por exemplo:



Podemos observar ligação dativa no íon H3O+ :

segunda-feira, 10 de março de 2014

LIGAÇÕES QUÍMICAS, PARTE 1

Para falarmos das interações entre os átomos, precisaremos lembrar o conceito da Regra do Octeto, ao qual dizia que os átomos tendem a configurar sua camada de valência com 8 elétrons para adquirir estabilidade; como vista nos gases nobres, que possuem, em geral, com exceção do Hélio, 8 elétrons de valência. No colégio aplicaremos essa regra para a maioria dos compostos químicos, mas existem muitas moléculas rebeldes que desobedecem a essa regra.

Entretanto, vamos ignorar o SF6, uma das rebeldes; e iremos nos basear naquelas que respeitam a regra, ta?
Para estabilizar suas eletrosferas, os átomos tornam-se muito criativos. Eles podem ceder elétrons, roubar elétrons, compartilhar elétrons, emprestar elétrons ou interagir com elétrons. E você achando que átomos eram coisinhas insignificantes... Eles podem servir de exemplo de cidadania!

Ligação Iônica.

Neste tipo de ligação, átomos se encontram e discutem suas necessidades. Ao invés de praticarem bullying um com o outro pelas suas extremas diferenças (suas eletronegatividades), eles, simplesmente, trocam elétrons!

Exemplos:
  • ·         O sódio atômico adoraria se livrar do seu único elétron que habita a camada M. Em compensação o Fluor almeja este “elétron descartável” do Na. Como bom “cidadão”, o Sódio, ao invés de descartar os elétrons da camada M, ele o entrega para o Fluor – que fica feliz ao ver sua valência parecida com a tão pomposa camada do Neônio.
  • ·         O Enxofre estava muito agoniado, pois fazia tempo que ele precisava achar alguém que pudesse doar-lhe dois elétrons. Quando ele se encontrou com os irmãos Lítio, sua vida tornou-se melhor; pode completar sua valência (assim como aquela que o Argônio tanto mostrava) e criou dois amigos, estes que adquiriram “título de valência” do nobre Hélio!


Após essas trocas de elétrons, os menos eletronegativos tornam-se Cátions (íon que possui déficit de elétrons em relação ao nº de prótons no seu núcleo) e os mais negativos tornam-se Ânions (que possuem excesso de elétrons). A Atração eletrostática fará com que as substâncias iônicas estejam no estado solido à temperatura ambiente; além de possuírem alto ponto de fusão e de ebulição.
Importante!
·         Uma substancia iônica, no estado sólido, não conduz eletricidade, pois os íons estão confinados no reticulo cristalino. Todavia, se essa substância for fundida ou dissociada, conduzirá corrente elétrica.
·         Um sólido iônico tem baixa tenacidade, ou seja, são vulneráveis a choques mecânicos.
·         Se você gosta de regras, lamento lhe informar que não será sempre que verá um metal e um ametal formando uma substância iônica. Para exemplificar, temos o AlCl3 - que apesar do Al ser um metal e o Cloro, ametal - que é uma molécula (caraterizada pelas ligações covalentes). Se gosta de gravar regras, foque na eletronegatividade. Se os elementos possuírem uma diferença de eletronegatividade igual ou superior a 1,7, estes farão ligação iônica entre si.


Obrigado!


Estaremos em processo de metamorfose!

Usarei esse tempo para revisar possíveis erros de português e equívocos, estes que, na pressa, passam despercebidos.
Gostaria que vocês me pedissem por postagens; me dessem ideias sobre o que escrever (algum assunto específico), dúvidas e curiosidades.
Lembrem-se que agora vocês podem visitar o blog pelo tumblr!